Overview : A deflorestação em São Tomé e Príncipe tem aumentado de forma notável ao longo dos últimos anos. Este fenómeno está ligado a causas diversas, entre outras a invasão das terras florestais para cultivo, a utilização da madeira para produzir carvão como fonte de energia doméstica, a plantação de espécies produtivas como as palmeiras de azeite e o abate de arvores para construção. A capacidade de controle e fiscalização da Direção das Florestas é limitada, devido a carência de recursos técnicos e materiais, que decorre principalmente da ausência de uma política clara e integrada para a gestão sustentável de florestas. Neste contexto, surge o projeto “Promoção da energia hidroelétrica de forma sustentável e resiliente ao clima através de uma abordagem que integra gestão de terras e florestas” mais conhecido como Projeto ENERGIA, financiado através do Programa das Nações Unidas para o desenvolvimento- PNUD, pelo Fundo para o Ambiente Global (GEF). No âmbito deste projeto foi recentemente elaborada a Estratégia de Comunicação para uma Gestão Sustentável dos Ecossistemas Florestais de São Tomé e Príncipe. Esta estratégia oferece uma oportunidade para levar a cabo uma campanha de comunicação que altere os comportamentos e atitudes dos dirigentes, decisores, empresários e população em geral sobre a questão da gestão sustentável das florestas. Em efeito, considerando a vulnerabilidade socioeconómica de São Tomé e Príncipe, a floresta pode contribuir para melhorar a segurança alimentar, para melhorar as economias familiares através de atividades geradoras de rendimentos ou investimentos a medio prazo, garantir água para todos os usos, atrair turistas e contribuir para a conservação do Meio Ambiente global. Mas para que isto aconteça, é fulcral que se crie um compromisso nacional de todos os atores envolvidos na gestão das florestas, desde os decisores e dirigentes, passando pelos operadores de motosserra e empresários madeireiros e até os moradores das comunidades próximas as florestas, sem excluir outros que possam ser identificados posteriormente. - Objetivos gerais e específicos
- Objetivo geral
Implementar a CAMPANHA GERAL da “Estratégia de Comunicação para uma Gestão Sustentável dos Ecossistemas Florestais de São Tomé e Príncipe” - Objetivos específicos
A CAMPANHA GERAL está subdividida em duas sub-campanhas: i) campanha positiva e ii) campanha de alerta. O Projeto ENERGIA irá proceder a contratação da empresa que produzirá os conteúdos e implementará a campanha geral prevista na estratégia de comunicação para a Gestão Sustentável dos Ecossistemas Florestais de São Tomé e Príncipe. A implementação das campanhas incluirá: - Estudo inicial (baseline) de atitudes e práticas sobre a gestão sustentável dos ecossistemas (amostra significativa), que sirva de base comparativa para outro estudo após a implementação das campanhas.
- Definição das mensagens principais das campanhas
- Seleção e contratação dos transmissores
- Escolha e contratação de canais e ferramentas para atingir o grupo-alvo definido
- Produção dos conteúdos de informação
- Definição da metodologia de implementação da campanha
- Definição do sistema de seguimento e avaliação da campanha por meios/actividade, incluindo definição dos indicadores relevantes que permitam seguir o impacto ao longo do projeto e dos responsáveis por estas atividades
- Conclusão da campanha medindo através de um estudo de mercado o impacto da mesma (se foi clara a percepção do publico alvo, em relação aos conceitos disseminados).
As campanhas devem ser dirigidas aos seguintes grupos alvo: 1. Comunicação Institucional, procurando informar e sensibilizar os decisores de alto nível, as entidades da administração pública e órgãos governativos, no sentido de estimular a priorização da proteção dos ecossistemas florestais. 2. Comunicação para o público em geral, com particular incidência em grupos alvo suscetíveis de influenciar com mais eficácia, como a juventude e as crianças. - Metodologia e atividades a serem desenvolvidas
Comunicar para o desenvolvimento significa estabelecer um diálogo, apoiar a mudança social e comunicar de forma adaptada às necessidades e capacidades dos grupos-alvo. Neste sentido, esta consultoria se realizará em estreita colaboração com o Ministério de Agricultura, Pesca e Desenvolvimento Rural, através da Direção das Florestas e da Biodiversidade e com a unidade de gestão do projeto “Promoção da energia hidroelétrica de forma sustentável e resiliente ao clima através de uma abordagem que integra gestão de terras e florestas”. A entidade prestadora deste serviço baseará a sua proposta nos conceitos identificados da Estratégia de Comunicação elaborada pelo projeto no link: https://www.st.undp.org/content/dam/sao_tome_and_principe/docs/Publication/undp_st_Est.GestEcoss.pdf Esta entidade envolverá no processo a todos os detentores de interesse no sector da gestão florestal, desde autoridades até moradores e utilizadores das terras florestais, para poder testar os vários produtos de comunicação a serem elaborados, garantindo assim que a informação seja bem entendida. Valorar-se-á a capacidade da proposta para a mobilização e envolvimento dos grupos-alvo. Espera-se que a empresa realize as atividades seguintes, conducentes à produção e implementação das campanhas: - Analisar os documentos relevantes existentes sobre a questão da deflorestação e os seus intervenientes;
- Levar a cabo um estudo inicial (baseline) de percepção sobre a gestão sustentável dos ecossistemas (amostra significativa), que sirva de base comparativa para outro estudo após a implementação das campanhas
- Definir adequadamente, em colaboração com os diferentes detentores de interesse incluindo a Direção das Florestas e da Biodiversidade, as principais mensagens adaptadas a cada grupo alvo (copy);
- Elaborar e produzir os produtos de comunicação (layout, direção de arte) para serem utilizados na implementação da campanha (conforme a grelha abaixo):
Produto | Quantidades | Criar a identificação visual para toda a campanha | Todos aplicáveis para a imagem gráfica | Cartaz digital | 96 (Facebook, Instagram x 4 semanas x 6 meses) | Capa digitais para redes sociais | 8 (uma por mês) (Facebook, Instagram) | Fotos perfil para redes sociais | 1 (Imagem institucional chapéu da campanha) (Facebook, Instagram) | Spot TV e Rádio | 6 (3 Positiva, 3 Alerta) com 1 passagem diária em diferentes faixas horarias estilo documental e/ou animação gráfica durante 3 meses; | Outdoor | 2 (6 x 3 m ) (1 em São Tomé e 1 no Príncipe) | Hino/música | 1 (videoclipe e áudio) | Banner /roll-up | 2 (1,50 mx2m) ou (3m X 2m) | Pins (com imagem das campanhas) | 200 | Manual de boas Práticas ambientais STP | 400 | Actividades nas escolas (Jogos e concursos infantis e juvenis ou conforme proposta) | 100 | Outros – a serem propostos pela empresa concorrente (concursos, campanhas adicionais que conduzam a mudança de comportamentos) | |
- Desenvolver o plano de meios: identificar os canais para a difusão dessas mensagens;
- Estabelecer um cronograma detalhado da implementação da campanha com a identificação de datas para divulgação dos conteúdos produzidos para cada um dos canais identificados e ações no terreno;
- Implementar a campanha inteiramente sob a supervisão e aprovação de conteúdos do cliente (prazo de entrega antes do lançamento e prazo para análise e validação a acertar entre as partes).
- Criar e gerir as redes sociais mencionadas.
- Definir um sistema de seguimento e avaliação da implementação da campanha que inclua indicadores-chave que permitirão medir o seu impacto; nos meios online, medir resultados mensais apenas de origem de São Tomé e Príncipe.
- Concluir a campanha medindo através de um estudo de mercado o impacto da mesma (se foi clara a percepção do publico alvo, em relação aos conceitos disseminados).
- Resultados esperados
Esta consultoria prevê a concretização dos resultados seguintes: - Estudos inicial e final de atitudes e práticas sobre a gestão sustentável dos ecossistemas.
- Campanha positiva e campanha de alerta implementadas.
- Conteúdos de comunicação produzidos conforme tabela anterior do ponto 3. Estes conteúdos serão entregues em formato aberto editável e permanecerão propriedade do PNUD;
- Sistema de seguimento e avaliação do impacto da campanha definido;
- Impacto da campanha mensalmente seguido, por actividade/meio e relatório final apresentado relativo a implementação total da campanha face a percepção do publico-alvo.
- Entregáveis
1. Proposta atualizada (A Campanha, Plano de Comunicação, Plano de Meios, Plano de Acções e Calendário) após adjudicação e discussão e a entrega da 1ª arte geral. 2. Sistema de seguimento e avaliação das campanhas, incluindo definição dos indicadores relevantes que permitam seguir o impacto ao longo do projeto, por cada meio. 3. Estudo inicial (baseline) de atitudes e práticas sobre a gestão sustentável dos ecossistemas (amostra significativa), que sirva de base comparativa para outro estudo após a implementação das campanhas. 4. Produtos de comunicação (layout, artes), tabela ponto 3.3 do TDR, entregues , validados e exibidos, durante 03 meses, nos meios pré-acordados. 5. Medição mensal do impacto por cada actividade/meio 6. Estudo final (impacto) de atitudes e práticas sobre a gestão sustentável dos ecossistemas (amostra significativa), que sirva de base comparativa após a implementação das campanhas |